Engenharia civil e medicina têm muito em comum, o que muda é o paciente!
Na medicina, o paciente é um ser humano, enquanto que na engenharia civil o paciente é um prédio, uma casa, uma ponte, etc.
Na medicina, o paciente é um ser humano, enquanto que na engenharia civil o paciente é um prédio, uma casa, uma ponte, etc.
Embora pareça que pessoas e edificações não tenham nada em comum, não se pode negar que assim como um ser humano precisa de um sistema ósseo para manter-se em pé e poder caminhar, uma edificação necessita de um sistema estrutural composto de lajes, vigas e pilares.
Esta estrutura de concreto é o esqueleto da construção.
E agora, "pegando o embalo" desta comparação, poderíamos falar que o revestimento de pintura ou de cerâmica é correspondente ao tecido cutâneo.
Assim como a pele tem a função de proteger o organismo do ser humano contra a penetração de substâncias indesejadas, o revestimento (chapisco, reboco, pintura, cerâmica, etc.) tem a mesma obrigação para com a construção.
As paredes de alvenaria ocupam nesta comparação o lugar da musculatura.
As instalações hidráulicas são como o sistema circulatório. As instalações elétricas canalizam os estímulos que mantêm funcionando a iluminação, os aparelhos de TV e geladeira e a bomba que eleva água ao reservatório superior de um prédio quando a pressão da rede pública não é suficiente...
Agora me diga se não lembra um sistema nervoso?! Sem energia muitas tarefas na casa não funcionam, assim como muitas funções do corpo humano dependem dos estímulos nervosos.
Claro, resguardadas as devidas diferenças, poderíamos sim traçar um paralelo entre o engenheiro civil e o médico, sendo que o primeiro cuida de um paciente inanimado e proporcionalmente maior que um ser humano, mas que também tem uma vida útil, também envelhece e necessita de cuidados para adiar o dia de sua ruína!
O engenheiro civil, durante sua formação, estuda cada um dos sistemas que fazem parte da edificação e através deste conhecimento ele faz parte do processo de concepção de edificações mais duráveis e funcionais.
No entanto, esta concepção nem sempre acontece obedecendo a boa técnica. Isso pode acontecer pela falta de qualificação de alguns profissionais ou simplesmente pela falta de um engenheiro, como acontece na maioria das pequenas construções.
A falta de manutenção adequada após a conclusão do empreendimento também é um agravante da situação.
Porém, quais são os sinais que podem indicar que a saúde de uma edificação não vai bem? Manchas no revestimento, diversos tipos de fissuras, desplacamento do concreto, entre outros, requerem atenção do usuário.
E é neste cenário de construções mal concebidas ou mal cuidadas que surgiu a Engenharia Diagnóstica, como um ramo que se encarrega de sanar as diversas manifestações patológicas que atingem as nossas construções. Seria inevitável o surgimento desta especialidade!
A engenharia diagnóstica se vale de registros técnicos fotográficos, análise visual, anamnese, consulta a normas e especificações técnicas e, quando necessário, ensaios in loco ou de laboratório - ensaios são como os exames solicitados pelos médicos.
Conforme o nível de aprofundamento que se deseja, pode-se falar em vistoria, inspeção, auditoria, perícia ou consultoria.
E cada um destes gera um produto, que pode ser um relatório de vistoria, um laudo técnico ou um parecer, no caso de consultoria.
Cada um pode ser usado em questões jurídicas como prova dentro de um processo cujo objeto da lide esteja relacionado à engenharia civil.
A engenharia diagnóstica também fornece os subsídios para reparos, reforços e recuperação de estruturas.
Bom... o assunto é vasto e a quem interessar é só deixar nos comentários as sua dúvidas ou considerações.
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